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NO HORIZONTE: SETOR 5.0

A indústria 4.0 ainda está no horizonte de muitas empresas, seja na forma de sua próxima grande prioridade ou na de tecnologias e processos que elas estão integrando ativamente, como robótica, sistemas inteligentes, Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial (AI) e big data.

Porém, assim como as empresas estão fazendo investimentos na quarta revolução industrial, a próxima fronteira industrial já se deixa entrever no horizonte: a indústria 5.0.

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O QUE É A INDÚSTRIA 5.0?

A indústria 5.0 é uma fase emergente e evolutiva da industrialização na qual os seres humanos trabalham lado a lado com máquinas e robôs. Embora a indústria 4.0 estava mais relacionada com automação e intercâmbio de dados, a indústria 5.0 diz respeito às pessoas e ao planeta.

Em sua essência, a noção de indústria 5.0 realmente tomou forma durante a pandemia, quando empresas e elaboradores de políticas começaram a prestar cada vez mais atenção à sustentabilidade, à resiliência e a colocar novamente as pessoas no coração das empresas.

De acordo com a União Europeia, “a indústria é um impulsor essencial das transições econômicas e sociais que estamos vivenciando atualmente. Para continuar sendo o motor da prosperidade, a indústria deve liderar a transformação digital e ecológica.” Em outras palavras, a visão da indústria 5.0 é que as empresas vão mais além da eficiência e dos ganhos econômicos como suas únicas metas. Elas agora devem concentrar-se em sua função e contribuição para: 1) melhorar a sociedade colocando os trabalhadores no centro de suas estratégias e operações e 2) proteger o meio ambiente respeitando os limites de produção da Terra.

A indústria 5.0 é considerada uma estratégia fundamental para renovar as cadeias de valor existentes e torná-las mais sustentáveis e suficientemente robustas para resistir os golpes externos, como pandemias e riscos geopolíticos.

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REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS, DA 1.0 À 5.0: UMA BREVE RECAPITULAÇÃO

Desde o final dos anos 1700, o mundo testemunhou uma série de profundas transformações que mudaram nossa forma de viver. Apresentamos uma breve visão geral dessas revoluções industriais para compreender melhor de que maneira a indústria 5.0 é amplamente diferente de suas antecessoras.

Indústria 1.0: a primeira revolução industrial começou no final do século XVIII. Ela caracterizou-se pela transição de métodos de produção manuais para o uso de motores e máquinas acionados por água e vapor, levando à produção têxtil mecanizada. Essa revolução presenciou o surgimento do sistema de fábricas, particularmente em setores como o têxtil e a mineração de ferro e carvão. O desenvolvimento e a proliferação de motores a vapor e a expansão da rede ferroviária tiveram um papel importante nesse período.

Indústria 2.0: quase um século depois, perto do final do século XIX, a segunda revolução industrial gerou a industrialização em massa, a expansão dos setores do aço, petróleo e eletricidade, e novas inovações em expansão, como o telégrafo e o telefone, a invenção do motor de combustão interna para veículos e a criação de linhas de montagem em grande escala. As ferrovias se ampliaram drasticamente durante esse período e a urbanização surgiu à medida que as cidades cresceram.

Indústria 3.0: muitas vezes chamada de revolução digital, a terceira revolução industrial ocorreu na segunda metade do século XX. Essa revolução marcou a transição das tecnologias mecânicas e analógicas para a era digital. A introdução e ampla adoção de computadores, Internet e automação em fábricas levou a um aumento significativo das capacidades de processamento de informações. Foi graças à indústria 3.0 que começou a era da informação, que continua até hoje.

Indústria 4.0: a quarta revolução industrial começou no início do século XXI, com inovações pioneiras como a Internet das Coisas (IoT), robótica avançada, inteligência artificial, realidade aumentada e virtual, impressão 3D, análise de big data e blockchain. A indústria 4.0 representa uma mudança fundamental no gerenciamento de operações de negócios, pois pavimenta o caminho em direção à tomada de decisões descentralizada e em tempo real com a ajuda de processos “inteligentes” e interconectados.

Com a indústria 5.0, o componente humano volta à cena, mas agora está integrado com as máquinas inteligentes. Embora a indústria anterior estivesse relacionada à automação, esta nova era diz respeito à colaboração: seres humanos e máquinas trabalham juntos para aprimorar a sociedade e a economia, ao mesmo tempo em que combatem a mudança climática.

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COMO A INDÚSTRIA 5.0 AFETA A TRANSPARÊNCIA E A SUSTENTABILIDADE DA CADEIA DE SUPRIMENTOS?

De acordo com um artigo recente da revista Forbes, a indústria 5.0 mudará radicalmente as empresas, suas estratégias e sua maneira de operar. A ênfase da indústria 5.0 é nas pessoas, e a sustentabilidade impulsará inerentemente a demanda por mais transparência na cadeia de suprimentos.

Os consumidores estão cada vez mais informados e preocupados com a origem e os processos envolvidos nos produtos que compram. Partes envolvidas na cadeia de suprimentos e inversores de visão estão cada vez mais preocupados com os objetivos de ESG das empresas e a conformidade com padrões normativos, como o Protocolo de GEE, o EUDR e o CBAM. Todos esses fatores estão criando a condições perfeitas para que as empresas divulguem totalmente os impactos éticos, ambientais e sociais de suas cadeias de suprimentos em todas as etapas.

A transparência inevitavelmente leva a melhores colaborações com fornecedores mais éticos. Os fabricantes de baterias de VE podem decidir passar de fazer negócios com um minerador de cobalto que incentiva o trabalho infantil a outro que tem um histórico comprovado de respeito aos direitos humanos. Uma marca agroalimentar que fabrica produtos de café pode perceber que seus parceiros a montante não compram matéria-prima de cultivos orgânicos e de comércio justo, o que pode comprometer suas práticas de sustentabilidade. Percepções como estas são fundamentais para priorizar o bem-estar das comunidades locais.

Além disso, com a visibilidade de ponta a ponta ao longo de suas cadeias de suprimentos, as empresas podem identificar em tempo real onde os recursos estão sendo usados – ou não – de modo mais eficaz para reduzir o desperdício, implementar tecnologias ou métodos mais limpos e mesmo reduzir custos de longo prazo. Um exemplo característico? Um fabricante automotivo pode utilizar sistemas avançados de rastreabilidade para descobrir que a borracha que compra para seus pneus não provém de plantações que pratiquem o cultivo sustentável e acaba contribuindo para o desmatamento e destruição de habitats.

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A INDÚSTRIA 5.0 TRANSCENDERÁ O CRESCIMENTO ECONÔMICO

A maior transparência das cadeias de suprimentos será essencial para a integração da economia circular, ampliando o ciclo de vida de vários produtos por meio da reciclagem e recondicionamento. Imagine poder não apenas estabelecer novas parcerias com empresas que possam revalorizar produtos eletrônicos de consumo, por exemplo, mas também identificar meios de modificar o projeto de um produto ou os fornecedores de componentes para ampliar sua vida útil.

Como a indústria 5.0 favorece a produção em massa e promove processos de fabricação ágeis e mais personalizados, as cadeias de suprimentos mais transparentes contribuirão para uma nova capacidade de resposta à demanda flutuante dos clientes, eliminando assim o desperdício de materiais e recursos gerados por produtos não vendidos. O setor da moda poderia reduzir profundamente a geração de resíduos resultante dos milhões de toneladas de produtos que não são vendidos a cada ano. Ajustar a produção ou reciclar os têxteis para manter os materiais fora dos aterros sanitários e incineradores pode ser possível graças a uma cadeia de suprimentos transparente.

A indústria 5.0 promete reformular nosso mundo ao harmonizar a ingenuidade humana com a tecnologia em constante evolução. É um lembrete de que o progresso não significa apenas equipamentos e software avançados, mas também deve levar em consideração as pessoas e o meio ambiente. A indústria 5.0 transcenderá o crescimento econômico para que possamos parar os efeitos devastadores das revoluções industriais anteriores sobre o nosso planeta e populações vulneráveis.

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