LEGISLAÇÃO E DEFESA DE ESG: ACRESCENTANDO COMPLEXIDADE ÀS CADEIAS DE SUPRIMENTOS
A pandemia e a incerteza geopolítica não são os únicos fatores que afetam as cadeias de suprimentos de todo o mundo.
O aumento da pressão das partes envolvidas, assim como leis globais e nacionais, estão levando as empresas a repensarem suas metas de governança corporativa, social e ambiental, o que, inevitavelmente, provocará mudanças nas compras e em suas estratégias da cadeia de suprimentos.
De acordo com o Relatório da lacuna de circularidade da Circle Economy, o mundo consome 100 bilhões de toneladas (Gt) de materiais por ano. Com a economia linear atual de extrair-fabricar-usar-descartar, isso significa que o mundo é somente 8,6% circular, gerando uma enorme lacuna de circularidade e, possivelmente, consequências devastadoras para as futuras gerações.
Seja devido ao Acordo de Paris, que visa reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em uma escala global, às leis nacionais, como a Política de produtos sustentáveis da UE, ou mesmo aos investidores de empresas que exigem uma maior conformidade de ESG, as empresas começaram a desenvolver novas estratégias ou até mesmo a transformar completamente seus negócios para contornar seu impacto na mudança climática e em problemas sociais. De fato, a circularidade, em muitos casos, passou a ser uma prioridade para os altos executivos.
É particularmente interessante como os altos executivos e também especialistas do setor estão agora visualizando como as economias circulares podem realmente ajudar as empresas a resolver vários problemas da cadeia de suprimentos, abrindo uma nova fronteira para uma captação de recursos mais sustentável, assim como menos resíduos e emissões de GEE, tudo sem comprometer a lucratividade.